Num contexto informal, Laborinho Lúcio convocou os presentes
para o sentido e o valor do desenvolvimento e dos direitos humanos no espaço
público da Educação.
Deambulou pelos tempos remotos do conceito escola, calcorreou
a escola burguesa até à escola da atualidade, desenhando minuciosamente a
unidade aluno de outrora à pluralidade dos alunos de hoje, confluindo esse
devir na grande complexidade e diversidade vivenciada no contexto escolar da
realidade atual que não “permite” a alienação a ninguém. Interpelou os
presentes sobre o lugar do aluno e da sua autonomia, enquanto pessoa, a sua
condição de cidadão e o seu papel na escola democrática do mundo hodierno.
À escola cabe o papel de esquiçar teias que guiem o aluno a
desenvolver a capacidade de escolher, para que “não se formem apenas
competentes para uma sociedade de informação e do conhecimento, mas também
cidadãos capazes de dizer não quando há que dizer não e de lutar pela
afirmativa quando entendem que é isso que deve ser”.
À escola cabe o papel de “perceber e desenvolver capacidades
e criar mecanismos de solidariedade de uns com os outros”.
No final, dotado de aptidão extraordinária e rara, conseguiu naturalmente
transformar/renovar a vida daqueles que um dia tiveram o privilégio de se
cruzar consigo, dando voz a alguma poesia de Eugénio de Andrade.
Maria José Casa-Nova, no papel de moderadora, utilizou a
palavra e realçou a importância do aluno como pessoa, ou seja, a pessoa que
habita o aluno e referiu a inclusão emancipada e crítica, esclarecendo que “ter
voz é fundamental, mas ter voz é muito mais a possibilidade de ser escutado”.
Coordenação TEIP
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