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Saber pensar, ao saber escolher e ao saber fazer...



Entre livros e autores que forram as estantes da Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Prado, o fim de tarde do dia 9 de novembro trouxe a presença do Doutor Álvaro Laborinho Lúcio e da Doutora Maria José Casa-Nova para a conferência “Educação e Cidadania/ (In)disciplina - A Importância de um Prefixo”, no âmbito do Ciclo de Conferências do Projeto TEIP.

Num contexto informal, Laborinho Lúcio convocou os presentes para o sentido e o valor do desenvolvimento e dos direitos humanos no espaço público da Educação.
Deambulou pelos tempos remotos do conceito escola, calcorreou a escola burguesa até à escola da atualidade, desenhando minuciosamente a unidade aluno de outrora à pluralidade dos alunos de hoje, confluindo esse devir na grande complexidade e diversidade vivenciada no contexto escolar da realidade atual que não “permite” a alienação a ninguém. Interpelou os presentes sobre o lugar do aluno e da sua autonomia, enquanto pessoa, a sua condição de cidadão e o seu papel na escola democrática do mundo hodierno.
No encadeamento do ensino e da aprendizagem, apelou ao saber pensar, ao saber escolher e ao saber fazer, não descurando a questão da exclusão social, entendida aqui como contraproducente dos direitos humanos e do desenvolvimento. Evidenciou a necessidade da escola preparar os alunos para o pensamento crítico, para a sua dimensão cidadã.

À escola cabe o papel de esquiçar teias que guiem o aluno a desenvolver a capacidade de escolher, para que “não se formem apenas competentes para uma sociedade de informação e do conhecimento, mas também cidadãos capazes de dizer não quando há que dizer não e de lutar pela afirmativa quando entendem que é isso que deve ser”.
À escola cabe o papel de “perceber e desenvolver capacidades e criar mecanismos de solidariedade de uns com os outros”.
Nesta preleção, convocou os direitos humanos como um compromisso ético, frisando o ato de educar para os direitos, que significa educar para os direitos do outro, enquanto instrumento de convivência entre sujeitos livres e também para a consciência do valor dos direitos coletivos.
No final, dotado de aptidão extraordinária e rara, conseguiu naturalmente transformar/renovar a vida daqueles que um dia tiveram o privilégio de se cruzar consigo, dando voz a alguma poesia de Eugénio de Andrade.


Maria José Casa-Nova, no papel de moderadora, utilizou a palavra e realçou a importância do aluno como pessoa, ou seja, a pessoa que habita o aluno e referiu a inclusão emancipada e crítica, esclarecendo que “ter voz é fundamental, mas ter voz é muito mais a possibilidade de ser escutado”.

 Coordenação TEIP

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