Educação para a Saúde e
Prevenção do Cancro
O
cancro é a principal causa de morte nos países economicamente desenvolvidos e a
segunda principal causa de morte nos países em vias de
desenvolvimento.
A
sua incidência continua a aumentar de ano para ano, particularmente nos países
em vias de desenvolvimento, sendo que pelo menos cerca de 7 milhões de pessoas
morrem de cancro anualmente.
Em
Portugal, e tal como acontece em todo o Mundo, a incidência do cancro está a
aumentar, estimando-se que cerca de 25 mil pessoas morram todos os anos desta
doença no nosso país.
O reconhecimento de que as
doenças oncológicas constituem a segunda principal causa de morte também em
Portugal, assim como o aumento da incidência e mortalidade por cancro no nosso
país, conduziu a que o combate contra o cancro se estabelecesse como uma das
prioridades do Plano Nacional de Saúde. Neste âmbito, assume especial
relevância a promoção da saúde e do diagnóstico precoce, considerando-se
prioritário efectivar a prevenção primária através da promoção de estilos de
vida saudáveis.
Na
verdade, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 40% de todos os
cancros podem ser prevenidos e outros podem ser detectados numa fase precoce do
seu desenvolvimento, tratados e curados. Assim, atendendo a que o cancro é
potencialmente, de entre as principais doenças crónicas ameaçadoras da vida,
aquela que mais pode ser prevenida e com maior possibilidade de cura, torna-se
necessário aplicar o conhecimento existente e implementar acções no âmbito do
seu controlo, por forma a tornar esta verdade realidade.
A
sensibilização, prevenção primária e detecção precoce do cancro são portanto componentes
chave para o controlo desta doença, possibilitando uma redução da sua
incidência e mortalidade na população. Deste modo, especial atenção deverá ser
dada aos esforços de educação para a saúde e, neste contexto, às iniciativas
colectivas capazes de facilitar as opções individuais por estilos de vida mais
saudáveis
Educação para a Saúde e
Prevenção do Cancro nas Escolas
Embora se aceite actualmente que
o campo de acção da Educação para a Saúde é toda a comunidade, considera-se
primordial que seja junto dos alunos que esta acção mais se faça sentir.
A Organização Mundial da Saúde
(OMS) recomenda mesmo a construção de escolas promotoras da saúde como o modelo
mais válido para promover a saúde e a educação para a saúde dos alunos, assim
como apela para a importância da formação específica dos professores na área da
educação para a saúde.
Esta mesma perspectiva é apoiada
pela American Association for Health Education, que enfatiza o desenvolvimento
de programas de saúde nas escolas, destinados a promover a qualidade de vida
dos alunos mas, também, de todo o staff integrado nos seus diversos factores.
Uma vez que em idade escolar os
jovens se encontram em fase de formação física, mental e social e estão
potencialmente mais receptivos à aprendizagem de hábitos e assimilação de
conhecimentos, a educação para a saúde é primordial nas escolas. Pretende-se,
de um modo geral, preparar o aluno para que, ao deixar a escola, seja capaz de
cuidar da sua própria saúde e adoptar um estilo de vida caracterizado por
comportamentos de saúde positivos, que resulte do desenvolvimento de todas as
suas possibilidades físicas, mentais e sociais.
Na verdade, os hábitos de saúde
aprendidos durante a infância e idade escolar prolongam-se habitualmente pela
idade adulta, pelo que se ensinarmos as crianças e jovens a tomar decisões
saudáveis na infância e adolescência, as possibilidades de se tornarem adultos
activos e saudáveis aumentam.
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