
No dia 15 de fevereiro todos os alunos do 8ºano tiveram a oportunidade de participar nesta iniciativa dinamizada pela Tatiana Mendes (KRIZO) e que contou com a preciosa colaboração de 8 alunos da EB de Cabreiros ( Beatriz Oliveira, Nádia Monteiro, Margarida Silva, Bruna Vilaça, Marta Araújo, Marcos Vilaça, Beatriz Ferreira e Sara Araújo) e da profª Justina Vilaça.
Foram eles os atores da peça que encenaram sobre uma situação de violência no namoro e que serviu de "mote" à sessão.
Depois de uma breve introdução realizada pela Tatiana Mendes, que teceu alguns apontamentos sobre a história do Teatro Fórum/ Teatro do Oprimido e sobre a sua utilização enquanto ferramenta pedagógica, foi feita a apresentação da cena, que motivou depois a exploração da temática proposta.
Era uma história de namoro entre a Filipa e o André e que tinha como outras personagens a mãe e a irmã da Filipa, a sua Diretora de Turma e as suas amigas que revelaram grandes dificuldade em ajudar a Filipa que, tinha medo, não partilhava os seus problemas, não pedia ajuda e apresentava sinais evidentes de insegurança e baixa auto-estima.
Foi proposto à nossa plateia a sua participação direta,comprometida, assegurando uma "solução" alternativa para aquela situação , percebendo que "as coisas não se resolvem por magia", acontecendo-nos a nós temos que saber o que fazer e se acontecer com alguém próximo temos que saber como ajudar...
Obrigado aos alunos de Cabreiros, à Prof Justina e à Tatiana pela sua participação e empenho na defesa de um Mundo Melhor...de uma Sociedade mais justa e igualitária.

No último inquérito feito pela UMAR percebe-se, mais uma vez, que a
violência no namoro em Portugal é uma realidade assustadora e que tem de
ser combatida: 885 alunos, entre os 11 e os 18 anos, consideram
legítimos os comportamentos abusivos para com as namoradas ou namorados.
Mais de metade dos rapazes e das raparigas acha que é normal proibir a
namorada/o de vestir certas roupas e de sair com determinados amigos.
Entre o sexo masculino, 5% considera que agredir a namorada não é ser
violento. 25% dos rapazes e 13,3% das raparigas entendem que humilhar a
namorada/o é legítimo e que ameaçar a namorada ou o namorado é normal
(15,65% dos rapazes acha que sim e 5% das raparigas também).
É preciso trabalhar para inverter estes números. É preciso comunicar
para esta geração, arranjar ferramentas para os trazer para o campo da
discussão e do debate, fazê-los questionar comportamentos, num diálogo
aberto “entre pares”, sem moralismos nem dedos acusadores."
Capazes é uma Associação Feminista que tem
como objectivo promover a informação e a sensibilização da sociedade
civil para a igualdade de género, defesa dos direitos das mulheres e
empoderamento das mesmas, definindo-se assim como entidade promotora de
uma ocupação igualitária das mulheres no espaço público.
O nome é invulgar. Krizo – Educação, Arte e Cidadania é
crítica e crise. Nasceu em maio de 2013, em Braga, numa altura de
visíveis dificuldades sociais e económicas, e tem hoje pernas para
andar.

Ao definir a Krizo, Inês Barbosa, entre risos e lembranças, afirmou: “uma caixinha de surpresas”, uma “caixinha de música” e um “espelho”. Imprevisibilidade é a palavra que marca os diferentes eventos que realiza, pois cada tema baseia-se, segundo Inês, “naquilo que sai, que se está a pedir, que é urgente”.
Atualmente, Inês e Tatiana não conseguem contar pelos dedos das mãos
os infinitos trabalhos que já realizaram e que pretendem levar a cabo.
Os objetivos têm aumentado, o trabalho está a crescer e a Krizo a ganhar
reconhecimento.
Na memória desta associação cultural e artística, ficam as “frases bonitas” e as reações surpreendentes que marcam as intervenções que organiza.
GAAF
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