Foi pedida a colaboração de toda a comunidade educativa para esta celebração com a dinamização de várias actividades, algumas das quais propostas pelo Clube Ubuntu desta escola
Como disse Rui Marques
(presidente do IPAV)“O único caminho para a paz é termos menos “outros” e mais
“nós”. Precisamos de reafirmar que somos uma só raça, uma mesma família, um só
destino: juntos nos afundaremos ou juntos nos salvaremos.”
Perante esta frase, a cada um de vós,
só pedimos um minuto de reflexão sobre 3 questões
O que é a paz para cada um de vocês?
O que consideram necessário para vivermos em paz?
Como podem ser um agente da paz?
A “Chama da Paz”, inspirada na
tocha e na trégua olímpica, será agora ateada e deverá manter-se acesa até às 18
horas, tentando permanecer ao longo do dia o nosso cuidado em mantê-la viva e
expressar dessa forma o compromisso de toda a nossa comunidade escolar na
defesa da paz.
Considerando que estamos no ano
em que se assinala o centenário do nascimento do nosso prémio Nobel da
literatura, José Saramago, vou citar um pequeno fragmento de uma intervenção sua, realizada em Madrid durante uma manifestação em Março de 2003, aquando da
Guerra do Iraque, mas que se mantém perfeitamente atual e incisiva.
“ A terra pertence aos povos que a habitam, não àqueles que, com o
pretexto de uma representação democrática descaradamente pervertida, os
exploram, manipulam e enganam.(…) Não somos tão ingénuos para acreditar numa
paz eterna e universal , mas se nós, os seres humanos, somos capazes de criar
ao longo da história belezas e maravilhas que a todos dignificam e engrandecem,
então é tempo de lançarmos mão da mais maravilhosa e formosa de todas as
tarefas: a incessante contrução da paz.
Sem a paz, sem uma autêntica paz, justa e respeitosa, não haverá
direitos humanos. E sem direitos humanos, todos eles, um por um, a democracia
não será nada mais que um sarcasmo, uma ofensa à razão, uma zombaria.”
Para que esta realidade descrita
por Saramago não aconteça temos que agir, sabendo que a paz só se consegue com
Humanidade e que essa Humanidade só se pode construir com educação, cultura e
arte, e é a Escola que tem obrigação de dar esse contributo.
Assim, a Educação para a paz deve
integrar o projecto educativo das escolas e a ação pedagógica de cada professor,
e é nessa direcção que todos queremos seguir.
Obrigada a todos que colaboraram
e participaram neste evento e votos de um bom resto de dia, iluminados pela
chama da paz que nos irá acompanhar ao longo desta jornada.
Isabel Macedo
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