O futuro da escola tem presente?
Conhecimento científico, Direitos Humanos e Emancipação
Conhecimento científico, Direitos Humanos e Emancipação
Fim de tarde, no dia 11 de janeiro, no âmbito do
ciclo das conferências TEIP, a Biblioteca da Escola Básica de Prado foi local
privilegiado da preleção da Doutora Maria José Casa-Nova, da IEUMInho OBGIC e
perita externa do agrupamento sob o tema O futuro da escola tem presente?
Conhecimento científico, Direitos Humanos e Emancipação.
Iniciou com um dilema – qual a base de sustentabilidade, no presente, que a todos nos obriga a pensar se a escola tem futuro. De imediato, ressalta a opinião dos diversos especialistas que consideram o modelo atual esgotado. No entanto, a conferencista contrapõe, esclarecendo que o futuro da escola tem presente, porque é importante passarmos aos alunos o legado do conhecimento, para que posteriormente possam concetualizar.
De facto, a escola tem presente, mas o seu modelo carece de transformação.
Na sua exposição, referiu três dimensões da escola grosso modo a formação integral do aluno, enquanto pessoa, a competência como capacidade de mobilizar conhecimentos a diferentes contextos e a inclusão social emancipatória. Nesta senda, salientou o conhecimento como propriedade e como poder, explicitando desejos emancipatórios associados à expansão da escolarização e a oportunidade das escolas em oferecer aos alunos a aquisição do “conhecimento poderoso”. (M. Young, 2007, 2010).
Seguidamente, destacou o cerne do processo da aprendizagem-ensino, uma relação pedagógica: o aluno é indissociável da “pessoa que o habita”, os processos de descodificação e codificação, de recontextualização e diferenciação pedagógica. (Casa-Nova, 2013)
Na continuidade, recorda a pertinência de se dominar a cultura escolar e o seu mundo/contexto cultural, ou seja, é importante a escola e os alunos partilharem experiências de desenvolvimento de um “bilinguismo cultural” (Stoer e Cortesão, 1999), pois possibilita atitudes de alteridade e de respeito pelo outro e a ter maior consciência dos direitos. Segue o foco para a abordagem da “Teoria das Inteligências Múltiplas” (Howard Gardner (1985), listando as múltiplas inteligências e reiterando que o ser humano dispõe de graus variados de cada uma das inteligências e maneiras diferentes de as combinar e organizar e até mesmo como utilizam essas capacidades inteletuais para resolver problemas e criar produtos.
No trilho, emerge as questões da (in)disciplina, o universo da autoestima face à rotulagem, a descoberta do potencial dos alunos e as inteligências, pondera “dificilmente pode haver apreensão sem reflexão”, o papel do professor como “intelectual transformador”, a escola e a sociedade, a estrutura da escola, ressalta com entusiasmo “não conheço uma organização mais produtiva do que a escola” (clarividente uma oposição à conceção de mercado).
Desafia, no trajeto reflexivo, diversos conceitos, explicita a inclusão subordinada na escola- insucesso ou sucesso periféricos, a inclusão social emancipatória.
Termina com a apresentação e explicação de um “puzzle divergente”, onde as peças se encaixam harmoniosamente, conferindo ainda a possibilidade de significados e magnitudes diferentes em função dos contextos e dos processos.
Finalmente, fim da viagem convoca os presentes a “não educar para a subordinação, mas para a ação emancipatória, para transformar com sentido”.
Iniciou com um dilema – qual a base de sustentabilidade, no presente, que a todos nos obriga a pensar se a escola tem futuro. De imediato, ressalta a opinião dos diversos especialistas que consideram o modelo atual esgotado. No entanto, a conferencista contrapõe, esclarecendo que o futuro da escola tem presente, porque é importante passarmos aos alunos o legado do conhecimento, para que posteriormente possam concetualizar.
De facto, a escola tem presente, mas o seu modelo carece de transformação.
Na sua exposição, referiu três dimensões da escola grosso modo a formação integral do aluno, enquanto pessoa, a competência como capacidade de mobilizar conhecimentos a diferentes contextos e a inclusão social emancipatória. Nesta senda, salientou o conhecimento como propriedade e como poder, explicitando desejos emancipatórios associados à expansão da escolarização e a oportunidade das escolas em oferecer aos alunos a aquisição do “conhecimento poderoso”. (M. Young, 2007, 2010).
Seguidamente, destacou o cerne do processo da aprendizagem-ensino, uma relação pedagógica: o aluno é indissociável da “pessoa que o habita”, os processos de descodificação e codificação, de recontextualização e diferenciação pedagógica. (Casa-Nova, 2013)
Na continuidade, recorda a pertinência de se dominar a cultura escolar e o seu mundo/contexto cultural, ou seja, é importante a escola e os alunos partilharem experiências de desenvolvimento de um “bilinguismo cultural” (Stoer e Cortesão, 1999), pois possibilita atitudes de alteridade e de respeito pelo outro e a ter maior consciência dos direitos. Segue o foco para a abordagem da “Teoria das Inteligências Múltiplas” (Howard Gardner (1985), listando as múltiplas inteligências e reiterando que o ser humano dispõe de graus variados de cada uma das inteligências e maneiras diferentes de as combinar e organizar e até mesmo como utilizam essas capacidades inteletuais para resolver problemas e criar produtos.
No trilho, emerge as questões da (in)disciplina, o universo da autoestima face à rotulagem, a descoberta do potencial dos alunos e as inteligências, pondera “dificilmente pode haver apreensão sem reflexão”, o papel do professor como “intelectual transformador”, a escola e a sociedade, a estrutura da escola, ressalta com entusiasmo “não conheço uma organização mais produtiva do que a escola” (clarividente uma oposição à conceção de mercado).
Desafia, no trajeto reflexivo, diversos conceitos, explicita a inclusão subordinada na escola- insucesso ou sucesso periféricos, a inclusão social emancipatória.
Termina com a apresentação e explicação de um “puzzle divergente”, onde as peças se encaixam harmoniosamente, conferindo ainda a possibilidade de significados e magnitudes diferentes em função dos contextos e dos processos.
Finalmente, fim da viagem convoca os presentes a “não educar para a subordinação, mas para a ação emancipatória, para transformar com sentido”.
Coordenação TEIP
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