Celebrar o 8 de março é homenagear todas as mulheres que durante mais de dois
séculos lutaram ativamente contra as opressões e múltiplas discriminações:
desde as operárias norte-americanas e russas que pagaram com a sua vida a
reivindicação de melhores condições de trabalho, passando pelas sufragistas
inglesas que reclamavam o simples direito ao voto e, ainda, todas aquelas que
nas décadas de 60 e 70 do século XX ousaram reivindicar o direito ao seu corpo,
que passava pelo controlo da natalidade, pela liberdade da sua sexualidade e
pela luta contra a violência sobre as mulheres.
Por tudo isto, o 8 de março é um dia de festa, de valorização das mulheres, da
memória histórica dos feminismos, que mais não são do que essas mesmas lutas,
tantas vezes esquecidas, pois os silêncios que caem sobre elas ainda estão por
quebrar.
Mas o 8 de março é também um dia para lembrarmos o muito que ainda há por
alcançar e para lutar. As leis nem sempre são aplicadas à vida. Os quotidianos das mulheres continuam
dominados pelas precariedades no emprego, nas muitas incertezas de futuro, nas
discriminações que pesam em vários campos da vida, entre as quais as
discriminações salariais, as violências em casa, no espaço público, no
trabalho. A sociedade ainda considera as mulheres como cidadãs "de
segunda", quando as empurra para casa para servirem de infra-estrutura de
apoio às famílias e quando as condiciona na participação política e social.
Este foi hoje o tema da sessão do Art'themis com o 5ºB, que a Tatiana dinamizou e moderou.
GAAF / PES
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