O DROPI é um programa de desenvolvimento socio emocional, promovido pela Associação Unificar, dirigido a crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos (1º e 2ª ciclos) que pretende promover competências como resiliência, autoconhecimento e autoestima, comunicação, gestão emocional, pensamento crítico e empatia. O programa contempla 10 sessões que devem ser implementadas semanalmente .
É implementado por Agentes Multiplicadores DROPI, isto é, docentes e profissionais capacitados para a implementação do programa.
No AE de Prado esta Programa está já no seu 3ª ano de implementação, no primeiro com a cortesia e generosidade da Associação Unificar e os últimos dois ao abrigo da inclusão deste programa nas Academias Gulbenkian do Conhecimento.
É direcionado a todas as turmas do 3ºano e está neste momento em plena fase de implementação.
Este Programa para os Agentes multiplicadores, docentes e técnicos com a formação realizada, obriga a algumas reuniões de monitorização e de balanço, a primeira que contou com a presença e o acolhimento do Diretor e da sua e adjunta e ultima das quis se realizou na semana passada.
Nestas sessões de trabalho para além de ser feito um acompanhamento muito próximo do trabalho que vai sendo desenvolvido com os docentes e técnicos, a técnica da Associação Unificar , Ana Pires, responsável pelo nosso Agrupamento, aproveita sempre para realizar algumas dinâmicas promotoras da motivação dos docentes e colocar-se ao nosso dispor para qualquer colaboração que se solicite.
A equipa de docentes este ano está reforçada com a psicóloga Márcia Pereira que está a fazer a intervenção conjuntamente com o professor em Cervães.
O DROPI é um canguru muito especial: ele alimenta-se de sentimentos. Quanto mais ele identifica e exprime aquilo que está a sentir, mais forte e enérgico ele se sente. Isto também acontece quando os outros partilham sentimentos com ele… a sua força e vitalidade surgem da partilha de sentimentos. O nome Dropi vem da expressão “to drop feelings”, que significa deixar cair, soltar, largar sentimentos. Ele é os olhos e os ouvidos da sua comunidade!
A promoção de saúde mental tem sido alvo de maior atenção, pela sua interferência no funcionamento socioemocional e na aprendizagem de crianças e jovens (Stengård & Appelqvist- Schmidlechner, 2010) e tem sido operacionalizado através da promoção de competências socioemocionais como sendo o nosso “sistema imunitário” e, por isso, consistentemente associada a um maior bem-estar (Greenberg, Domitrovich, Weissberg & Durlak, 2017).
Apesar da educação ainda priorizar a aquisição do conhecimento académico, o aumento do número de crianças em idade escolar com problemas ao nível emocional, comportamental e de saúde mental (Greenberg et al., 2003), tem levado à crescente consciencialização sobre a urgência de ampliar o foco de intervenção.
Ao longo das últimas gerações e no mundo inteiro, estudos apontam um crescimento dos índices de depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, abuso de substâncias, entre outros problemas de saúde mental ou física, especialmente entre os jovens (Norrish, 2015; Seligman & cols., 2009). Por outro lado, também são observadas inconsistências quanto aos níveis de felicidade (Seligman & cols., 2009). E ainda e por consequência, insucesso académico que aparece associado como fator de risco a comportamentos de risco, mediado por variáveis como absentismo e abandono escolar.
Diante dessas questões, importa refletir se os sistemas e modelos educacionais existentes estão preparados e adequados para responder às demandas atuais, ou se há a necessidade de novas abordagens que possam fazer mais e melhor para ajudar os jovens a lidar com os desafios e prosperar na complexa sociedade, além de experienciar mais propósito, realização, engajamento e relações significativas nas suas vidas (Norrish, 2015).
Através da implementação do DROPI, temos obtido feedback positivo dos educadores referente ao impacto do programa nas crianças, nomeadamente pela maior autorregulação, maior capacidade de concentração, comunicação e participação, redução da indisciplina, melhoria das relações interpessoais, aumento da interajuda e coesão, maior inclusão dos alunos com NEE.
Informação do site da Associação UNIFICAR
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