Comunicar eficazmente e com impacto deixou de ser um talento pessoal e passou a ser uma necessidade de muitos. Dar aulas, falar numa reunião, vender um produto ou uma ideia, negociar, são atividades que dependem quase na totalidade da comunicação verbal e não-verbal mas, essencialmente, da nossa voz.
A voz apresenta, portanto, um papel de extrema importância em todos aqueles que a usam como ferramenta de trabalho.
Neste sentido, tendo em consideração o impacto dos problemas de voz na qualidade de vida de um professor, quer do ponto de vista profissional quer pessoal, nos dias 6 e 13 de janeiro realizou-se uma formação online intitulada Cuidar de Nós e da Voz, promovida pelo GAAF (Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família) e dinamizada pela terapeuta da fala Lara Araújo.
Esta formação teve como principais objetivos alertar e consciencializar para os fatores e comportamentos que prejudicam e beneficiam a nossa voz. Efetivamente cometemos, de forma inconsciente, no nosso dia-a-dia, algumas agressões que afetam a nossa qualidade vocal e que podem originar perturbações de voz, quer do ponto de vista percetivo (a forma como a nossa voz é ouvida pelos outros) quer fisiológico (patologia vocal, como é o caso dos nódulos ou pólipos). É pois, muito relevante que cada um de nós tenha consciência dos seus comportamentos e que procure seguir algumas indicações que ajudam a promover e a melhorar a saúde vocal, o que terá, consequentemente, um impacto bastante positivo no bem-estar geral. Aumentar a hidratação, ao longo do dia, com água à temperatura ambiente; falar num tom de voz ajustado evitando esforços desnecessários como os gritos ou o sussurro; falar de forma pausada e bem articulada; aumentar o número de ciclos respiratórios e ter momentos de descanso e tranquilidade, de forma a haver períodos de pausa vocal e de relaxamento, foram algumas das recomendações deixadas e que deverão ser reforçadas, atualmente, devido ao uso da máscara.
Esta formação contou, igualmente, com uma componente prática através da explicação, exemplificação e realização de exercícios de relaxamento, de respiração e fonação, com o intuito de capacitar os participantes de técnicas e exercícios para melhorar a sua performance vocal.
A “matéria prima” para a comunicação oral é a nossa voz, no entanto, temos de ter consciência que a mensagem que pretendemos transmitir não dependem unicamente dos órgãos responsáveis pela voz, mas sim do corpo como um todo.
Como tal, mais do que nunca cuidar de nós, física e psicologicamente, engloba cuidar da nossa voz, pois como diz Hermann Hesse “tudo se torna um pouco diferente assim que é pronunciado em voz alta”.
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