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A Amnistia Internacional esteve na EB 2/3 de Prado


Promovida pelo GAAF ( Gabinete de Apoio ao aluno e à  família) realizou-se no dia 17 de Janeiro a sessão  com que pretendíamos assinalar , no passado mês de Dezembro, o Dia internacional dos Direitos Humanos.
Realizaram-se duas sessões , uma de manhã e outra de tarde destinadas a todos os alunos dos 8º e 9ºs anos.
O dinamizador destas sessões foi o prof. Luis Braga que, além de docente de História é membro da Direção da Amnistia Internacional / Portugal  e  se disponibilizou para nos falar sobre esta temática.


 Este voluntário da Amnistia Internacional esclareceu que o objetivo da  ação deste organismo é dar visibilidade a casos que pretendem ser "escondidos" pelos governos, pelas polícias, etc, que a AI é um "movimento de pessoas comuns para defender pessoas comuns"  e que esta organização foi já premiada com um prémio Nobel por duas vezes, um para a instituição em 1977 e um para o seu secretário-geral em 1972.
Atualmente conta com cerca de 6 milhões de membros em todo o Mundo e em Portugal são cerca de 12000 os ativistas, na sua maioria, jovens.
Anualmente são milhares os casos a necessitar de intervenção e em maio de cada ano é produzido um relatório que retrata  o estado dos Direitos Humanos no Mundo.

Segundo o prof. Luis Braga, em Portugal,  estamos nos melhores 30 ou 40 países nos quais se vive melhor em termos de Direitos Humanos, mas  temos que nos lembrar que há mais de 180 países e que em muitos deles há problemas associados a más condições nas prisões, violência das forças policiais, discriminação por motivos raciais e de orientação sexual  e a  supressão de direitos económicos,  sociais e culturais aos cidadãos mais desfavorecidos ( idosos, crianças, cidadãos portadores de deficiência, etc).


Sobre a lógica de ação da Amnistia Internacional falou de várias iniciativas, como a maratona de cartas que neste ultimo Natal "produziu" 1 milhão e 200 mil cartas,  a favor de 6 casos pendentes de violação de Direitos Humanos e desafiou os jovens e os menos jovens que assistiam à sessão convidando-os para se juntarem à  AI como colaborador/a nalguma ação pontual, escrevendo cartas corteses, para mobilizar a opinião pública em defesa dessas pessoas que estão a ser vitimas. Estas cartas corteses começam a ser escritas aos milhares cerca de 6 horas após ser diagnosticada uma situação,  que depois de devidamente investigada  se confirma ser um atentado aos Direitos Humanos,  são dirigidas aos governos  e trata-se de uma intervenção discreta , mais de sensibilização, de tentar "pressionar" gentilmente os Governos a mudar a sua atitude pois não querem que esse facto seja divulgado e sejam mal-vistos pelos outros países. Como diz o nosso orador , " a Amnistia não mata , mas mói..."
O nosso orador pôs  democraticamente à votação 3 assuntos sobre os quais poderia falar mais aprofundadamente: o racismo, a pena de morte e o trabalho realizado pela AI com as escolas sendo que  os 2 grupos ( manhã + tarde) foram quase unânimes na escolha, elegendo como tema para  debate a questão da  pena de morte que como é obvio, fraturou a assistência entre quem a apoiava ou não.
Tivemos depois oportunidade para debater o tema, ouvir e analisar argumentos de ambas as partes, ver alguns vídeos  e analisar algumas máximas como as abaixo transcritas.

Foi uma boa oportunidade para refletir sobre o estado do Mundo,  que é muito mais que o nosso país e para analisarmos de forma mais ou menos convicta e consciente algumas opções/ decisões  que  somos obrigados a tomar...
O objetivo foi,  como  sempre,  o de contribuir para ajudar os nossos alunos a crescerem, enquanto pessoas e cidadãos.


Quem quiser saber mais sobre a Amnistia internacional e a sua ação em defesa dos Direitos Humanos no Mundo deve consultar o site  

www.amnistia-internacional.pt

Posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lá. (Voltaire)

Gandhi afirmou: "Olho por olho e o mundo acabará cego"

Mais alguma informação sobre este tema...

Olho por olho, dente por dente, é uma expressão que significa vingança, e que o castigo deve ser dado na mesma proporção do dano causado.
Olho por olho, dente por dente, é um dito popular que sugere uma punição do mesmo tamanho da ofensa.
A expressão "Olho por olho, dente por dente", surgiu na antiguidade, onde a justiça era feita pelas mãos dos homens.

Código de Hamurabi
Hamurabi, rei da Babilônia, no século XVIII a.C., é o autor de 282 leis, que ficaram conhecidas como Código de Hamurabi, baseadas na lei de talião, pena antiga pela qual se vingava o delito, infligindo ao delinquente o mesmo dano ou mal que ele praticava. Olho por olho, dente por dente, era a base de qualquer justiça: "Se uma pessoa arrombar uma casa alheia, deverá ser condenado à morte e ser enterrado na parte da frente do local do arrombamento". "Se alguém acusa o outro, mas não pode prová-lo, o acusador será morto"
Descoberto em 1901, pelo arqueólogo francês, Jacques de Morgan, nos arredores da antiga Susa, atual Tunísia, o Código de Hamurabi encontra-se hoje no Museu do Louvre, em Paris.
Olho por olho, dente por dente na Bíblia
A expressão olho por olho, dente por dente também se encontra na Bíblia, mais concretamente em Êxodo 21:24: "Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé." Nesta passagem, Deus revelou a Moisés algumas leis para que ele passasse para o resto do povo. Esta lei se encaixa nas leis a respeito da violência.
No entanto, essas coisas mudaram com a vinda de Jesus e da Nova Aliança. Em Mateus 5:38-39, Jesus disse: "Vocês ouviram o que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, lhes digo: Não se vinguem dos que lhes fazem mal. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também."


Muitos anos mais tarde, Gandhi afirmou: "Olho por olho e o mundo acabará cego". Com estas afirmações, Jesus e Gandhi estavam revelando a importância do perdão e da não-violência, porque a vingança corrói e cega o ser humano.

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